data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Marcelo Oliveira (Diário)
Familiares de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) voltaram a receber ligações de golpista que pede doações em dinheiro para realização de exames.
Conforme a chefe da UTI adulta do Husm, Janice Soares, a pessoa que tentou o golpe no mês de março está realizando as ligações com o mesmo número de telefone celular. O trabalho de alerta tem sido feito com os familiares
- Nossas secretárias ligam para todos os familiares que temos cadastro, para avisá-los do golpe, e reforçamos que o hospital é 100% Sistema Único de Saúde (SUS), portanto não há cobrança alguma - explica a chefe da UTI.
Segundo Janice, a partir de relato das famílias, um homem que se passa por médico cardiologista pede o depósito em dinheiro para a realização de exames do paciente. Houve pelo menos uma tentativa de golpe nesta quarta-feira, mas a vítima não teria feito o depósito.
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O Diário entrou em contato com uma das vítimas das ligações. De acordo o filho de um paciente internado, a irmã teria recebido a ligação do suspeito, e avisou que não poderia ir ao hospital e que então, o irmão policial iria. Neste momento, o suspeito deixou de trocar informações com ela.
- Quando minha irmã chegou no hospital, outras famílias também estavam lá porque receberam a mesma ligação - disse o filho do paciente, que preferiu não se identificar.
Em março, quando as ligações ocorreram com maior frequência, também não houve nenhuma família lesada com as ligações.
- Antes, ele ligava e informava sobre uma doença hematológica no paciente e citava o nome de um médico conhecido, para dar confiança - diz Janice.
Na ocorrência desses casos, os familiares são aconselhados a realizar um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil (PC). Por parte do Husm, a superintendência do hospital notifica a Polícia Federal (PF) sobre as ligações.
VAZAMENTO DE DADOS
Ainda em março, foi aberto procedimento preliminar para investigar possível vazamento de informações dos sistemas do Husm, ainda em fase inicial, sem suspeitos. Já a PC apura supostos crimes de estelionato que possam ter lesado familiares de internados.
Uma sindicância interna também foi aberta para apurar de que forma criminosos tiveram acesso aos telefones dos pacientes.
*Gabriel Marques